quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

relato sobre a falta

mais sofrimento do que dor quando me pego entediada sofrendo por uma dor que nem entendo.
mais sentimento do que drama, sentimento escrito transmitido falado e sentido.
mais tédio do que vontade, jogos risos que saem de todos os lugares menos de mim mesma.
andando pelas ruas selecionando caraminholas na cabeça as plantando como se germinassem afetos, soluções e caminhos certos. Não o fazem. Só reproduzem mais e mais fantasias que batem na cabeça feito pregos martelados pelas minhas próprias mãos.
as vezes meus traumas pegam forte e me sinto um feto abortado do que poderia ter sido sem eles. fecho os olhos e penso que gostaria muito de ser de tal maneira. Felicidade se compra sim, se tem se inventa, tudo fruto de uma imaginação que não se materializa em mim, felicidade é pois uma imaginação materializada em objetos, pessoas e sentimentos que nada mais são do que imaginários também. Você é o que imagina ser. Busquei tanto por uma 'não-superficialidade' até descobrir que ela nem existe, o que existe afinal são sentidos diversos, o meu sentido tá preso por aí cansado de mais pra continuar a procura por semelhantes. Me fecho, me abalo, minto, finjo não ser eu mesma por ter cansado de estar sozinha nesse lugar. Me falta vontade de permanecer sobria, limpa, saudável, isso talvez vá de encontro a minha falta e tentativa de completar o naturalmente incompleto que é o 'ser' como indivíduo único.
viver é falta é perder mais do que ganhar e estar o suficientemente insatisfeito pra continuar com o intuito de atingir alguma coisa.
I am a freak and she's a liar. good match.
It's not you.

domingo, 30 de novembro de 2014

Sobre alguém que não acredita e impulsividade

Todos sabem o quanto sou impulsiva. Todos sabem que não acredito em amor e li bastante sobre amor romantico, monogamia, poligamia pra tentar absorver o que precisava. Mas a maior das verdades, porém, é que adoraria estar em um desses relacionamentos romanticos, monogamicos por motivos que mesmo estudando sobre não consigo entender. Me pego escrevendo aqui o que gostaria de dizer pra uma pessoa específica. Me pego morrendo de vontade de conversar com o passado, talvez porque ele nunca foi realmente um passado ele foi um livro mal escrito e finalizado sem justificativas e se eu pudesse o iniciaria mais uma vez. Eu conversaria e tentaria redimir todas as minhas mágoas e erros, pegaria na sua mão e seria a melhor parte de mim. Eu não acredito no amor, achei que tinha sentido ele algumas vezes, passou mais rápido que o tesão pré-transa. Mas você. Você não passa. não passou ainda. e agora?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mais um sobre amor, mais um sobre fraqueza

Já que to aqui impossibilitada de abrir minha boca e falar tudo que se passa na minha cabeça escreverei. Eu sinto sua falta. Eu achei que ia ser sádica o suficiente pra não ligar mas eu ligo. E quando disse que não acredito em amor é porque eu acho que já senti, disse pra você "amor não existe" crente de que se eu dissesse eu poderia acreditar um dia nessa afirmação, lutando loucamente contra a minha vontade de ficar cada vez mais perto, se sabe, que sempre me disseram que se você mentir algum dia você acaba acreditando nessa mentira e passa a viver ela. Eu tento me afastar de você afirmando coisas que eu nem acredito. Eu espero o dia em que encontrar você não me destrua em pedacinhos pequenos de vontades de te tocar que de tão separados eu consigo repugnar eles com a minha crente e mentirosa certeza "amor não existe". Espero conseguir olhar pra sua cara e não sentir esses milhões de pedacinhos pulando de alegria, espero que meu método de tentar deletar meus sentimentos fingindo que eles foram invenção da minha cabeça finalmente funcione. Espero que eu pare de mentir que quero que meus sentimentos parem, porque a verdade é que eu nunca quis, eu quis você.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

hey love

Faz tempo. Faz tempo que não te sinto desgraçado. Eu achei que ia ter controle, eu achei que ia ter controle e de que de você nada me restava. Que meu tão proclamado ódio ia permanecer e ficar nessa pele roxa surrada de mágoas, que nada além disso se tornaria meu motivo. Até aonde meu corpo aguenta? Até aonde eu consigo chegar? Até aonde você consegue chegar com seus discursos intermináveis de amores incuráveis que só te bastam pra me sufocar até a morte disso que vocês chamam de minha melhor parte? Eu te deploro, deploro eu me deploro.

quinta-feira, 6 de março de 2014

nostalgia que espeta fundo.

queria correr atrás do meu coração pra que ele não se afogue de uma vez. não se afobe em murchar todo o sangue no chão. comigo nunca foi amor até que no acabar virou. comigo nunca foi amor. e desconfio de que não vai ser. sangue jorra, dinheiro vem e a vontade de ir embora parece tomar conta do meu desespero. A vontade de fugir pra longe. começar de novo como uma pessoa totalmente diferente do que sou. saber de doer ou então ver a dor como a minha única companhia.  comigo nunca foi amor.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

protect me from what I want.

amor possessivo, de loucura, de ansiedade e doença, de chorar de odiar de acabar e terminar fazendo com que a paz reine. de me jogar na cama, amarrar, destruir meus órgãos inteiros e fazer sangrar até que não reste nada mais vivo além daquele momento de amor possessivo, de loucura, de ansiedade e doença. amor de família de fugir do mundo fugir da dualidade continuando nela . de conhecer a tia e avó e depois ir embora pra longe. de me amarrar no mundo e me deixar rodando nele desesperadamente querendo continuar lá enquanto alguém continua me olhando correr com as minhas cordas. cade alguém, cade? de me amarrar em um lugar que já me amarra. Fazer que exploda o coração, destrua, dilacere, machuque. Fazer direito. Enlouquecer de vez. Sentir de vez. fugir de vez. Daquele amor que eu quero. Daquele amor que é o meu vício, distúrbio e pior defeito daquele amor que eu odeio e amo ao mesmo tempo. da minha saudade patológica.  sua minha. e eu quero. me proteja.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014